TEMA:
A exposição explica, passo a passo, a evolução da criança na aquisição de sua(s) língua(s) materna(s) e desenvolve alguns aspectos importantes deste processo. Pela necessidade de entender o fenômeno da aquisição da linguagem, a teoria divide este processo em uma série de vários estágios sucessivos correspondentes a idades específicas. Na realidade, estes estágios podem não ser estritamente sucessivos, mas parcialmente paralelos ou mesmo incorporados. Além disso, existe uma grande variabilidade em crianças: assim, tal ou tal estágio pode ou não corresponder a tal ou tal idade.
Mesmo antes de nascer os bebês, ainda no ventre da mãe, já têm contato com a(s) língua(s) utilizadas pelos pais. Mas é apenas após o nascimento que eles poderão começar a falar e/ou sinalizar. Para isso, eles deverão dominar os sons (no caso de crianças ouvintes) e os sinais (no caso de crianças surdas ou ouvintes, expostas às línguas de sinais), as palavras, os sentidos e as construções do discurso.
Todas as crianças, em todas as línguas do mundo, adquirem sua(s) língua(s) materna(s) muito rapidamente, sem instrução direta e com uma progressão similar durante os três primeiros anos de vida.
Esta exposição foi concebida por Christelle Dodane, professora e pesquisadora da Université Paul Valéry Montpellier 3, França, do laboratório Praxiling/CNRS e por Alessandra Del Ré, professora e pesquisadora da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Araraquara, Brasil, coordenadora do grupo de pesquisa NALingua-CNPq/CAPES-Print/PQ-CNPq.
Pais, professores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e todos os interessados na primeira infância.
Pretende-se com esta exposição responder a algumas perguntas feitas por pais, professores, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e todas as pessoas que se interessam pela infância.
Baseada em estudos científicos, a exposição explica, passo a passo, a progressão da criança na aquisição de sua(s) língua(s) materna(s) e desenvolve certos aspectos importantes desse processo. O público é, assim, convidado a descobrir o universo, ainda misterioso, que constitui a linguagem da criança.
O que acontece quando uma criança é exposta a duas ou várias línguas?
Se uma criança de 20 meses ainda não fala, isso é preocupante?
Essas e outras questões são discutidas em dois percursos: “passo a passo” e “focos”.
Desde 2016, a exposição vem sendo aperfeiçoada e apresentada em vários locais, no Brasil e na França, e tem despertado o interesse, principalmente, por parte dos profissionais da primeira infância.
Em 2018, a exposição ganhou um espaço permanente no Centro de Ciências de Araraquara (CCA, UNESP) e, em 2022, ganha uma versão virtual.
A exposição online “A criança na língua: passo a passo”, resultado de um projeto de Produção e Difusão Artístico/Cultural financiado pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária e Cultura (PROEC)/UNESP, tem um papel relevante no fortalecimento do diálogo entre a pesquisa e o ensino, entre a universidade pública e a comunidade de um modo geral (adolescentes, jovens, pais, educadores, fonoaudiólogos, psicólogos etc.), promovendo a curiosidade científica e garantindo acessibilidade à comunidade surda e cega na medida em que lhes dá igualmente o acesso aos conhecimentos divulgados.
Ela foi pensada para atender a alguns dos 17 Ojetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, https://brasil.un.org/pt-br/sdgs) que compõem o plano de ação elaborado, em 2015, na sede da ONU em Nova York, por líderes mundiais, para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade. Esses objetivos devem ser cumpridos até 2030 (Agenda 2030) e, para tanto, requerem o engajamento das pessoas e das sociedades atuais para garantir um desenvolvimento sustentável, de superação das desigualdades sociais, de preservação dos variados ambientes em suas diversidades e de promoção de uma economia mais equitativa, vislumbrando um mundo mais equitativo, mais justo e melhor para todos os seres humanos.
Destacamos, nesta exposição, o ODS 4 e o ODS 10, já que é por meio da educação de qualidade que a ciência e a perspectiva crítica se desenvolvem, permitindo ao ser humano compreender o mundo e, assim, poder atuar de forma inclusiva e equitativa, incluindo grupos em situação de vulnerabilidade, transformando social, econômica e ambientalmente o mundo.
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